A bola mais simples

Meu bebê tem uma coleção de bolas. Tudo começou quando ele demonstrou interesse numa bola uma vez na pracinha, e pra nossa surpresa, nesse dia mesmo já saiu chutando bem certinho. Foi a coisa mais fofa desse mundo e todos ficaram impressionados, porque ele tinha pouco mais de um aninho. Temos fotos dele brincando com todo tipo de bola na praça, já que vamos todo dia faz quase um ano.Quando descobrimos que ele ama bolas, começamos a comprar uma atrás da outra para ele: de futebol, futsal, vôlei, basquete. E também algumas bolas simples de borracha, de tamanhos variados. Temos carinho especial por uma bola verde com pontinhas que lembra muito o coronavírus e foi comprada em uma das nossas primeiras saídas de casa depois de 2 anos de isolamento. Mas a bola que o bebê mais ama é aquela de vinil, colorida e bem grande, que não custa nem dez reais. Ele teve uma verde e agora tem uma branca. Ele gosta especialmente da forma como ela pula alto, é macia e vai longe. A diversão com essa bola é garantida, mesmo que o bebê esteja brincando sozinho. Uma pena que seja tão simples que quando fui tentar encher a primeira com uma bomba, descobri que não era possível e acabei estragando.O bebê joga pra cima, joga pro lado, joga pra trás. Joga na parede, joga no chão, joga na mãe, joga no pai, joga até na televisão. A bola quica bem alto, mas de forma suave e sem estragar nada na sala. O bebê sai louco atrás. É muito mágico ver que sua bola favorita é justamente a mais simples e barata. Curiosamente a mesma bola que lembro com muito carinho de ter tido também na minha infância.