A rodinha dos bebês pequenos

Hoje fomos na pracinha e tinha uma rodinha de mães com bebês pequenos, todas com carrinho de bebê. Os  bebês estavam soltos no chão sentados com seus brinquedos de argola e aprendendo a engatinhar. Estou tão acostumada a encontrar gente na praça com bebê e chegar junto, que esse foi meu primeiro impulso. Totalmente de forma automática, me aproximei das mães com bebês pequenos. O problema é que esqueci que meu monstrinho não é mais um bebê pequeno: ele ficou correndo de um lado pro outro, escalando tudo que dava, andando de bicicleta, perseguindo os cachorros… E eu atrás.

Realmente, Nico já tem dois anos e não é mais nenhum bebezinho aprendendo a engatinhar. Não tinha motivo nem forma alguma de eu me aproximar daquelas mães, todas na mesma fase, com seus bebês pequeninos. Com aquela idade, meu bebê estava preso em um apartamento 24h por dia, no auge da pandemia e ainda não existia vacina. Passávamos o dia revezando entre a sala do apartamento e a sacada. Só fui conhecer outras mães quando mudamos para uma casa em um bairro residencial e tomamos a primeira vacina: ele já tinha um ano. Confesso que fiquei muito feliz de saber que aquelas mães de bebês pequenos estavam tendo uma experiência bem melhor que a minha. 

A verdade é que não importa se você mora em apartamento ou casa, nem se mora no centro ou bairro residencial. O importante é achar um lugar onde possa deixar seu bebê livre para explorar, e também conhecer outros pais e mães. Trocar ideias sobre maternidade e outros temas traz uma leveza para o cotidiano que é maravilhosa. Ver seu bebê interagindo e explorando um lugar novo também. Melhor ainda se for numa praça, com grama, flores, cachorros, pássaros, areia, parquinho. Mas o importante mesmo é sair de casa. Essa é com certeza uma das maiores lições que a pandemia me ensinou: o bebê nunca é muito novo para brincar fora de casa.