A unidade de tempo Esquilo

Nico ganhou esse esquilo de dormir num dia lindo de verão que fomos ao bar de uma amiga jantar ao entardecer. Quando chegamos em casa começou o debate para escolher o nome do bicho. “Acho que tem que ser Rollmops”, eu disse, “já que ele veio de um bar curitibano”. “Acho que tem que ser rollomps”, disse meu marido, “que é como meu amigo carioca chama o rollmops e eu acho engraçado”. Então pronto, o nome do esquilo virou Rollomps (ou Rollompitos, dependendo do meu humor).  

Rollompitos virou parte da nossa rotina. Para amamentar na cama, para fazer o bebê dormir à noite, para fazer o bebê dormir de dia, de trilha sonora enquanto lemos um livro deitados… Rollompitos trabalha incansavelmente acendendo estrelinhas nas paredes e no teto e tocando musiquinhas. Com o tempo decoramos a ordem delas e até procuramos no google as letras. Quando está ligado, fica todo mundo fascinado pelas estrelas brilhantes. O quarto fica realmente muito bonito, alegre e aconchegante. 

“Hoje ele dormiu muito rápido” anunciou meu marido. “Rápido quanto?” questionei. “Dormiu em um esquilo”, ele respondeu. Entendi na hora: o bebê tinha dormido em uma rodada de canções do esquilo. Daquele dia em diante começamos a contar o tempo em esquilo para várias coisas. Dormiu em 2 esquilos, parou de mamar em 3 esquilos, lemos 2 livros em 1 esquilo. O mais doido é que ninguém nunca contou quanto dura a unidade de tempo esquilo, mas chuto que uns dez minutos.

Antes contávamos o tempo em episódios de séries da netflix (levei um episódio de Breaking bad para dormir), ou músicas que não fossem infantis (tomei banho em uma música dos Beatles), e agora contamos o tempo em uma unidade de tempo vinda de um esquilo de pelúcia musical. Que loucura é ter filhos!