Chegada de criança

Não vou mentir, é um furacão. Chegada de criança, e até mesmo o preparo para essa chegada, é furacão. Vira a vida toda de pernas pro ar: casamento, amizade, trabalho, lazer. É mudança de rota que não acaba mais. Com umas pitadas de medo e insegurança também! Será que eu vou ter leite? Será que eu vou conseguir dormir?

A gente vai se adaptando na marra, dia após dia, e deixando tudo em segundo plano. Ou terceiro, quarto, quinto. Nada te prepara pro tanto de pulo que você precisa dar. Uma hora finalmente você lembra que a vida não é só cuidar de criança e em algum momento precisa voltar a trabalhar. Sem esquecer de achar tempo pra rever os amigos, pra que você não seja esquecida de vez. Ah, também é bom lembrar do autocuidado e do lazer. Uma hora a fase do coque e moletom passa. Ou não. Risos.

Mas chegada de criança também é raio de sol. É alegria, é colorido, é lindo de ver e gostoso de viver. E traz um retorno lindo, em forma de sorriso banguela de bebê. Sem falar na delícia que é ver seu bebê conhecendo sua família, suas amigas e seus filhos, os lugares que você sempre gostou de ir. Talvez logo você prefira outro tipo de lugar, como restaurante com parquinho, mas enfim. Nunca esqueço o dia que levei meu bebê, então com 11 meses, para conhecer pontos importantes para mim do centro de Curitiba. Foi lá que morei por 18 anos, até ele nascer. 

Meu bebê me ensinou mais do que eu podia imaginar. Me transformou numa pessoa mais calma e compreensiva, e paciente também. Me mostrou que o cansaço das noites mal dormidas e acordar às 5 da manhã por mais de um ano valem a pena e não é para sempre. Deixou minha vida infinitamente mais feliz e divertida. Até porque, quem diria, agora o auge da minha semana é ir ao parquinho na sexta-feira… e eu amo.