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Dizendo adeus para o bebê


08/mar/2023 | Anielle Casagrande |

Já devem ter percebido que meu filho já fez dois anos no fim do ano passado mas continuo chamando de bebê. Acontece que é muito difícil se despedir para sempre do bebê. A gente vai esticando, esticando até não poder mais, e fala com orgulho que ele ainda é um bebê. Mesmo sem ser! Estamos numa espécie de espaço em branco entre o bebê e a criança pequena. É uma ponte que estou adiando a hora de cruzar.

Ele ainda está aprendendo a falar, ainda mama, ainda usa fralda, ainda faz sonecas a tarde, ainda acorda um monte de madrugada. Não consigo olhar para ele como alguém que não é um bebê. Bebês fazem todas essas coisas. Talvez quando ele aprender a falar de verdade e largar as fraldas eu consiga? Por enquanto, sem condições. 

A fase dos dois aos três anos é muito gostosa mas também muito intensa. Pelo menos aqui, que ele fala muito pouco, o choro ainda é um meio de comunicação muito comum. Ele não sabe dizer fome, sede, frio, colo, medo. Então ele chora. Às vezes chora tanto que minha vontade é me jogar no chão e chorar junto.

Mas também está sendo uma fase muito divertida. Ver ele aprendendo a brincar de Lego, ver um filme inteiro, ir no Buffet de sorvete, escolher as próprias roupas… é fantástico. A gente nega até onde dá, mas no fim precisa admitir que sim, ele está crescendo e deixando de ser um bebê. Está chegando a hora de se despedir do bebê para sempre. Ai de mim.


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