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”Mas quem que vai?”


09/jul/2024 | Anielle Casagrande |

Eu nunca tinha pensado muito no momento em que eu não seria mais tão divertida para meu filho. Até porque achei que isso ia demorar muitos anos ainda, quem sabe uns dez, ou sei lá quantos. Foi uns meses atrás que aconteceu pela primeira vez. Chamei meu filho para irmos ao parquinho do shopping aqui perto de casa, onde vamos desde que ele era bebê e deixam entrar os dois pais, e ele respondeu: “Mas quem que vai?”.

Quando falei que íamos só eu, ele e o papai, ele disse que não queria ir. Perguntei o porquê e ele disse que queria ir com amigos. Ele tem 3 anos! Confesso que meu mundo desabou um pouco. Foi quando percebi que ele é pequeno mas não mais tão pequeno. Também percebi que com certeza ir ao parquinho com amigos deve ser mais legal que com os pais, mesmo que eu e Ivan entremos em todos brinquedos com ele. Não é a mesma coisa né?

Ele já tem brincadeiras próprias com cada amigo e inclusive prefere que eu fique longe. Ele fala assim: “Eu brinco com o meu amigo e você brinca com a mamãe dele”. É o jeitinho dele me afastar para poder brincar livremente. Enquanto isso, os adultos ficam olhando as crianças de longe e conversando. Pelo jeito ele está feliz com essa configuração, que imagino que seja parecida com o que acontece na escola. Assim, ele tem mais liberdade para tomar decisões sem que eu fique em cima falando, guiando, opinando em sua brincadeira.

Ver os filhos crescendo é inevitável, mas também um pouco assustador. Jamais imaginei estar contando isso menos de um ano após ele ter deixado as fraldas, acredite. 


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