Montando o enxoval

Montar o enxoval foi uma das coisas mais legais da gravidez. Porém, como passei o tempo todo isolada, fiz tudo on-line e sem ajuda de vendedor ou dica de outras mães. Mesmo assim, usei isso para manter a cabeça ocupada e deixar tudo pronto para meu bebê, pensando menos em pandemia e solidão. 

Pesquisei muito qual o carrinho menor e mais leve do Brasil. Tinha banheira, tinha ofurô. Sling, comprei 5 tipos diferentes pra testar. Bomba de leite, potinhos para armazenar, coletor de leite, absorventes de pano. Um quarto inteiro com berço, bicama, armário, cômoda, mosquiteiro e poltrona de amamentação. Jogo de almofadas, ninho, bichos de pelúcia. Rede de berço, cadeirinha vibratória. Móbiles, mala de maternidade, saquinhos de maternidade, berço de acoplar na cama.

Vamos falar a verdade? Você pode economizar com tudo isso e comprar quando e caso sentir necessidade. A única coisa que eu realmente recomendo para qualquer mãe é o sling “mochila evolutiva” da marca Chicachila, e mesmo assim, nem todo mundo gosta. Todo resto não recomendo sair comprando ainda na gravidez. Pelo menos aqui a gente se adaptou super bem ao banho de chuveiro, sling e cama compartilhada. Nem foi planejado, simplesmente era o mais natural para o bebê ficar abraçadinho no banho, nos passeios e para dormir.

Hoje penso que a parte mais valiosa do enxoval é na verdade informação. Procurar informações sobre parto, puerpério, amamentação e cuidados com um bebê. Num país em que 90% dos partos na rede privada acabam em cesariana e em que 25% dos partos ocorre violência obstétrica, é muito importante estar informada. Já ir sabendo sobre as fases do trabalho de parto, as indicações de analgesia, como é uma cesariana, como é o puerpério, pode fazer toda diferença.

Mas a dica mais preciosa mesmo é: se tem desejo de amamentar, guarde dinheiro para a consultora de amamentação. De preferência faça uma consulta ainda na gravidez, para se preparar para o que está por vir. Se eu precisasse escolher só um item do enxoval, seria esse.