O café e o meu maternar

Nunca fui louca por café. Sempre tomei, mas não era nada demais pra mim. Na gravidez meu pequeno prazer pandêmico, totalmente fechada em casa, eram as duas pequenas xícaras de café, uma ao amanhecer e outra à tarde. Estou chamando de café uma pequena xícara cheia de leite com uma dose de café muito pequena. Era, sem exagero, a melhor hora do meu dia.

Depois que o bebê nasceu comecei a ter um prazer absurdo ao beber café. Se já era o meu pequeno prazer na gravidez, virou meu grande prazer ao maternar. Troquei a xícara por uma caneca grande e comecei a tomar mais por dia. Sem culpa, afinal é muito mais leite que café. O café me leva a lugares quentinhos, me dá conforto, me dá uma pausa (mesmo que acabe esfriando na maioria das vezes) e continua sendo a melhor hora do dia.

Sobre o café especificamente, não tenho conhecimento nem exigência alguma. Tomo qualquer um, com qualquer leite que for e o prazer é o mesmo. Inclusive gosto muito de dar uma variada com leites vegetais e meu favorito é o de coco feito em casa. O importante é o quentinho que o café me traz, e um misto de calma e energia. A calma na hora de beber, e a energia logo em seguida.

Comparo muito o meu prazer ao beber café com o prazer do bebê ao mamar. Ele fica super feliz mamando, é o maior prazer dele no dia todo com certeza, é quentinho e vem com um colinho junto. Sem falar que é geralmente um momento de pausa (ou deveria ser). O meu café é igual, só falta a parte do colinho mesmo!