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Pegue apenas o que fizer sentido


27/jan/2022 | Anielle Casagrande |

Meu bebê tinha apenas 2 meses quando não conseguia mamar e gritava desesperado devido à força dos jatos de leite. Tenho hiperlactação até hoje, fomos nos adaptando no decorrer dos meses e ficou tudo bem. Mas na época escrevi um texto (que me dói ler atualmente) sobre as instruções que recebi para diminuir os desconfortos da hiperlactação: não ficar abraçada, não deixar dormir no colo… Mas ele tinha apenas 2 meses. Tudo que eu queria era ir contra as instruções e ficar abraçada e com ele dormindo no meu colo!

As coisas só foram ficando mais leves quando alguém me disse que na maternidade não somos obrigadas a seguir tudo que nos dizem. Abracei meu filho, deixei dormir no colo e a hiperlactação foi se resolvendo sozinha de outras formas (ordenhas manuais e com bomba de leite, troca de sutiã, compressa gelada, banhos mornos etc). “Pegue apenas o que fizer sentido pra família de vocês” foi o que me disseram. E parar de abraçar um bebê 2 meses na época não fazia sentido para mim. Não me arrependo de ter ido contra algumas das instruções e abraçado MUITO.

Mesma coisa com telas, açúcar e chupeta. Não é porque o pediatra, a avó ou a influencer do instagram disse que é melhor não usar, que você precisa necessariamente seguir. Faça o que faz mais sentido para sua família. Sem culpa, afinal, quem sabe o melhor pra vocês são vocês mesmos. Claro que falo isso contando com bom senso e equilíbrio, mas de qualquer forma, quem entende melhor a dinâmica de cada família é a própria família.

Confesso que é muito difícil pra mim até hoje colocar nossa família em primeiro lugar e ir contra algumas sugestões de profissionais, familiares, amigos ou da OMS. A dica de ouro é justamente “Pegue apenas o que fizer sentido pra família de vocês”. A única coisa que considero importante é ter diálogo aberto com os profissionais, por exemplo, deixar claro para o pediatra que prefere oferecer chupeta e falar sobre as formas de minimizar os problemas. Assumir a escolha, e de preferência, sem culpa!


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