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Planejando o segundo filho


23/jun/2023 | Anielle Casagrande |

Passada a montanha russa do puerpério e a maluquice do primeiro ano, é chegada a hora que um olha pro outro e diz: puxa! Tá tão legal a vida que a gente criou juntos! Ter filhos é muito legal! Saudades de ter um bebê pequeno! Somos ótimos pais! E o resto da conversa você já conhece. Eu chamo de “amnésia materna”. É nessa hora que os casais esquecem dos perrengues e começam a falar do segundo filho. Salve-se quem puder! 

Aqui teve um agravante, que foi o Nicolas, com dois anos e meio, pedindo uma irmã e perguntando todo dia se tem neném na minha barriga. Achei que ia demorar uns anos pra isso acontecer, confesso. Agora ele pede uma irmã e demonstra interesse em bebês em qualquer lugar que a gente esteja. Neném quer ver o neném, ele diz. 

Decidir ter um segundo filho é uma das maiores tretas por aqui. A gente pensa, repensa, analisa, calcula o valor de tudo em dobro, lembra do puerpério, imagina o Nico tendo alguém 24h para brincar (e brigar)… respira fundo e repensa tudo de novo. As coisas andam mais tranquilas que dois anos atrás, mas ele ainda come mal e dorme mal. Me dá calafrios pensar em passar por tudo isso de novo. 

Ao mesmo tempo, ficamos animados de pensar em ter um bebê novo, uma gravidez nova, um filho novo! Passar por um puerpério sem pandemia! Confesso que eu adoro quando tem criança aqui em casa e vejo o Nico correndo e brincando. O barulho das crianças me encanta! Como sou filha única, tenho pavor da solidão que senti a vida toda e não queria que meu filho sentisse a mesma coisa. Já quando ele tem alguém pra brincar aqui em casa eu não consigo parar de sorrir. Eu realmente gosto da ideia de uma casa cheia de crianças. 

As coisas ficam mais maleáveis agora que o Nico já sabe dizer quando tem dor e onde tem dor, ou que quer jantar macarrão com suco de uva, ou que quer ir ao parque andar de bicicleta, e a gente vai levando. Levando e pensando, planejando, sonhando. E se a gente tiver um segundo filho?


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