Por que continuei amamentando
12/set/2022 | |
Sorte que tenho esses textos. Foi através deles que descobri que estou com feridas e dor para amamentar desde abril. Já tive muitos altos e baixos nesses meses e em alguns momentos cheguei muito perto de deixar de amamentar. A ideia era reduzir as mamadas e pronto, fim dos problemas. Será mesmo?
Pra você entender o tamanho da dor que eu sinto imagine uma dor que me fez mandar mensagens para a psicóloga num domingo de manhã completamente em crise. Uma dor forte, aguda, que fica em média de 2 a 3h latejando. Tenho uma ferida que não fecha e também a síndrome de raynaud, que piora no frio (e eu moro em Curitiba!). Claro que a ideia de parar de amamentar logo surgiu na minha cabeça e comecei a cogitar. Eu olhava para o bebê e já previa que ia ter dor.
Felizmente alguém comentou que amamentando ou não, a ferida e a dor estariam ali do mesmo jeito. Por exemplo se fosse candidíase, deixar de amamentar não iria curar o fungo. Seja qual for o diagnóstico, realmente não faz sentido algum pensar no desmame como cura. Então dia após dia eu tenho mantido a decisão de manter a amamentação. Todos os dias eu faço essa escolha novamente. Sem querer provar nada pra ninguém, sem obrigação, cobrança, aplausos ou expectativa alguma… só fui mantendo a amamentação de acordo com as demandas do bebê.
Fiz isso porque entendo que mamar é algo que o bebê ama muito. Também é algo que é importante para mim, e de que sempre gostei muito, apesar de estarmos passando por momentos conturbados e doloridos. E é por isso que continuei amamentando mesmo com dor por todo esse tempo. Já o diagnóstico só depois da ressonância e a da biópsia mesmo.