Primeira vacina do bebê (bcg)
08/fev/2022 | |
Estava olhando hoje a caderneta de vacinas do meu bebê e vi sua primeira vacina, a BCG. Foi em dezembro de 2020, dias antes dele completar um mês, dia dessas fotos. Deixei para os últimos dias do prazo de 30 dias de vida porque estava assustada e apavorada. Virar mãe tem disso: medo do desconhecido. Mas confesso que mesmo agora só de ver o carimbo na caderneta consigo lembrar tudo que senti naquele dia.
Só de pensar em sair de casa no meio de uma pandemia, numa época sem vacina e cheia de incertezas, para ficar numa fila de postinho me deixava de cabelo em pé. Tinha um postinho do lado de casa, onde em 2018 esperei por 3h para tomar uma vacina e não existia fila preferencial. Sem falar que não sabia como seria levar um bebê vacinar. Juntem isso ao fato de meu marido ter sido o principal cuidador dele por muitos meses após seu nascimento. Eu estava tomada de pavor.
Pus um macacão nele, embrulhei em duas cobertas e fui a pé num sol de 30 graus, porque eu não tinha noção de que bebê sente calor. Por sorte o postinho estava funcionando apenas para vacinar bebês, então a fila estava pequena. Mas só podia entrar uma pessoa com o bebê, e como ele mamava de minuto em minuto, fui eu. Morta de medo, eu.
Enquanto esperávamos a vacina fiquei angustiada de medo que ele chorasse em público. Também senti pavor de ter que amamentar em público e em ambiente hospitalar em plena pandemia. Meu coração batia forte e rapidamente. E claro que ele chorou e quis mamar! Ainda me lembro de ver meu marido pela janela fazendo sinais para eu ficar calma e ninar ele levemente, que logo ele acalmaria. Naquele momento eu ainda tinha medo de nem sempre conseguir acalmar ele, amamentar fora de casa, pessoas olhando. Eu nunca tinha sido mãe antes. Era tudo novo pra mim, eu era desajeitada e estava aprendendo.
Durante sua vacina foi tudo tranquilo e ele não chorou. Quando estávamos saindo, a moça do postinho disse que ele era muito lindo e grande, e que andaria com 9 meses. Estava super nervosa mas sorri, na verdade de alívio, porque estava indo para casa. Ufa!