Terrorismo de Instagram

As redes sociais são uma belezinha para se informar, fazer e manter amizades, dar boas risadas. Mas quando você vira mãe parece que surge um território novo: é uma grande competição. Como assim seu filho vê telas? E como assim você não faz massinha caseira para ele? Ovo de Páscoa de chocolate então, nem pensar. As cobranças em cima da pobre da mãe não acabam nunca. 

Mas o que mais tem me assustado ultimamente são profissionais tentando impor medo e neuroses nas cabeças das mães. Gente usando de seu conhecimento, estudo e profissão para aterrorizar mães e depois tentar lucrar em cima. É pra acabar. Já não basta a competição entre as próprias mães, que muitas vezes competem mesmo sem perceberem?

Esses dias vi uma médica falando uma lista de motivos para você levar seu bebê numa consulta urgente com ela. A lista era extensa e meu bebê preenchia todos os requisitos que ela citava. Mas ele vai regularmente ao pediatra e não tem doença nenhuma. Tudo dentro da normalidade. Se eu fosse mais desesperada e menos atenta, já estaria arrancando os cabelos e acreditando em diagnósticos via Instagram. 

Pra não falar dos cursos. Já vi curso de tudo. Alguns eram tão inacreditáveis que fiz até print da tela, chocada. E nem todos são feitos por profissionais. Já vi curso de como ler para crianças (?), curso sobre como lidar com uma criança que chora muito (????), curso para deixar o bebê brincando no chão (???????), curso para crianças que não gostam de mudanças (?????????). Olha, a lista é infinita. Sempre questionando se a mãe sabe ler, brincar, acolher… O jeito é rir. Mas de desespero. 

Até que ponto estamos deixando estranhos opinarem na forma como criamos nossos filhos?