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Uma mala no fundo do armário


03/mar/2023 | Anielle Casagrande |

Desde que o bebê nasceu, moramos em três casas. Em cada mudança algumas coisas foram ficando pra trás, outras sendo perdidas, outras sendo encontradas. Também acabei vendendo todos os móveis do seu quarto pouco a pouco, porque pararam de fazer sentido, já que ele dorme desde os 8 meses num colchão de casal no chão.

Meses atrás lá estava eu mexendo no armário do bebê quando me deparei com uma pequena mala vermelha. Tirei do armário para depois ver o que tinha dentro e esqueci: ela passou meses perdida no armário e mais meses jogada em algum canto do quarto. Quando finalmente abri a mala, tive um leve susto: ela estava parada no tempo por dois anos! 

A primeira coisa que eu encontrei foi uma fralda de uma marca que eu não gostei, mas comprei pra testar quando ele era bem pequeno, porque todas vazavam. Outra coisa que encontrei foi um pacote de lenço umedecido da Granado, de erva-doce… igualzinho ao que ganhamos na maternidade quando ele nasceu e usamos nos primeiros meses de vida. Também tinha uma garrafa de água e duas máscaras Aura da 3M.

Fui tomada por lembranças daquele bebezinho pequenino e gigante ao mesmo tempo, que já nasceu com 4kg. Nenhuma fralda dava certo a não ser a Pampers. Os lenços umedecidos com cheiro de erva doce nos lembram da maternidade até hoje. E as máscaras? Bem, elas me lembram de como eram outros tempos.

Durante toda a gestação e primeiro ano do bebê, a gente saía de casa raramente. E mesmo usando as melhores máscaras, a gente morria de medo de algo acontecer com a gente e com nosso bebê ainda tão novinho. Na época não existia vacina, nem ideia de quando chegariam, então não sabíamos por quanto tempo mais ficaríamos fechados em casa sentindo medo. 

Já sobre a mochilinha, eu acho que foi ela que usei quando meu bebê tinha 3 meses e fui ao Jardim Botânico, cartão postal de Curitiba, fazer umas fotos com a minha mãe. Estava morrendo de medo de sair de casa, mas fui mesmo assim. Ainda bem! 


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