Pequenos cuidados com jardim em vasos

Busquei listar aqui alguns dos cuidados mais delicados que tenho com minha pequena horta de vasos na sacada. Isto se mostrou necessário porque a diferença entre o antes e depois aqui em casa foi gritante. Já estou com estes vasos há um ano e meio, podem conferir no primeiro post sobre isso, quando comprei uns kits com vasinhos que vinham com terra, semente e manta de drenagem. De lá para cá fui aprendendo com minha avó, floriculturas e com a internet e resolvi compartilhar tudo com vocês smile

Quando comecei a plantar, usei o kit completo e ainda não entendia muito bem a importância do substrato e da manta de drenagem. Também não entendia direito a diferença entre as sementes, adubos e pragas, sem falar na necessidade de sol. Com os meses, comecei a comprar e montar meus próprios vasos e fui me encantando com tudo isso. Foi assim que busquei saber mais, enquanto experimentava tudo sem querer no meu próprio jardim.

Quando usei terra preta comum sem húmus, sem nada, percebi nitidamente que as plantas estavam sempre fracas. Num vaso em apartamento ela mal tinha de onde retirar seus nutrientes, afinal isto não é a situação natural de uma planta, que deveria estar no solo. Pior foram as pobres coitadas que sequer argila expandida, areia ou manta de drenagem tinham no fundo do vaso, e algumas vezes vi suas raízes apodrecendo, encharcadas. O simples uso de argila expandida (super barata) e terra adubada já deram outra cara para meus vasos, que passaram também a sofrer menos com pragas.

No começo eu sequer entendia que havia diversos tipos de adubos. Na minha cabeça, era tudo adubo, só mudava a forma. Depois de ter comprado uns cinco tipos diferentes e observado que sempre havia avisos de “tóxico” com símbolos de caveira que percebi que haviam alguns naturais, orgânicos, sem perigos. O mesmo aconteceu com as sementes, que sempre me deixavam apavorada com o símbolo de caveira. Levei meses para perceber que não era a toa que as sementes tóxicas germinavam quase 100% das vezes. Sobre as sementes, hoje uso de todos os tipos, mas dou preferência às naturais que eu mesma coleto, quando possível.

Sobre o sol, este foi o ponto que parecia tão óbvio e eu insistia em ignorar. Foi só quando realizei testes com os vasos a propósito que percebi a diferença que isto fazia nas plantas. O principal foi o feito com a lavanda, confira fotos no post. Hoje sei que cada planta tem uma necessidade, nem todas gostam de ficam torrando no sol, mas também compreendi que a maioria delas precisa sim de algumas horas de sol diárias. Algumas plantas que estavam feias dentro de casa ficaram revigoradas quando coloquei na sacada. O vice-versa também acontece, então é importante conhecer o que se plantou e ter este cuidado, mesmo que não sendo diário. Por exemplo, você pode manter suas plantas na mesa da sala, mas lembre de levá-las ao sol (pode ser próximo a janela, se não tiver sacada) de vez em quando. O resultado é visível!

Por fim queria falar um pouco sobre as pragas, meu grande terror. Desde cedo e mesmo no nosso apartamento anterior, que tinha sacada fechada com vidro, lá estavam elas. Já fui dessas malucas que faz de tudo para salvar uma planta, comprando TUDO que promete afastar as pragas e até as soluções caseiras do Google. Foi quando um vendedor na floricultura me avisou que algumas plantas morrem mesmo, não adianta este desespero. Foi o que aconteceu com meu manjericão, já murcho e sendo atacado por besouros, cochinilhas, pulgões etc, e também com o espinafre, após ter crescido mais que o suficiente e já ter soltado todas suas sementes. É natural algumas plantas terem um ciclo curto, por exemplo anual.

Continuando sobre o drama das pragas: vez ou outra adube suas plantas com um pouco de húmus de minhoca (ou adubo industrializado) e confira se a drenagem está boa e ela não está encharcada. Confira se o local onde ela está tem sol o suficiente. Se as folhas estão amarelas e com aspecto de queimadas, tente tirar ela do sol por uns dias para ver se muda algo.
Uma vez por semana retire todas as flores e folhas mortas, inclusive da terra, porque isso retém umidade. Feito tudo isso, a planta já estará com uma nova cara. Mas e se as cochinilhas e pulgões insistem em aparecer?

Eu comecei a realizar um pequeno ciclo de cuidados semanal aqui em casa que tem dado ótimos resultados e já salvou plantas que achei que estavam perdidas. Começo sentando e colocando o vaso na minha frente e retirando todas as folhas mortas, como já contei. Depois vou retirando uma a uma todas as pragas que encontro. Vou girando a planta e retirando. Em poucos minutos ela está livre de todos os bichinhos que não deveriam estar ali. Lembre de olhar de diversos ângulos, afinal eles podem estar atrás de alguma folha, por exemplo. Olhe principalmente as flores e frutos. Se preferir, use uma luva, mas na verdade qualquer graveto, garfo, ou objeto rígido serve. Parece loucura, mas foi o melhor método orgânico que já testei aqui em casa. Após algumas semanas fazendo isto, hoje praticamente não tenho mais problemas com pragas. smile