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Como é o passeio no MUSA (Museu da Amazônia) em Manaus


15/nov/2019 | Anielle Casagrande | #

Nós fizemos o passeio com guia, e foi totalmente sem querer porque não lembramos de agendar. Lembrem de agendar, vale muito a pena ter uma guia local explicando tudo! Você vai ouvir sobre o museu, as exposições, as árvores no caminho… acredite em mim! Agende um tour guiado no MUSA!

O Musa é um museu lindo, bem cuidado, tudo bonitinho, sabe como? Junto com o Jardim Botânico, o Musa ocupa apenas 6% da área de reserva natural Ducke. Por isso já no começo do tour a guia avisa que vai ter cobra, aranha, escorpião e outros bichos no caminho, mas é só não entrar em pânico que ficará tudo bem. 

Já na entrada do Museu tem prédios com exposições, instalações, lojinha e lanchonete. Achei incrível essa cobra gigante comendo peixes no teto do prédio principal. Os lanches e sucos também valem a pena. Sobre a loja, eu nem preciso comentar! Saí de lá com um saco de chocolates (era pra presente mas comi tudo), camisetas e até um livro com lendas da região. 

O passeio começa no lago artificial das vitórias-régias, onde são mantidas o ano todo para visitação. Lá você aprende que cada conjunto de vitórias-régias na verdade compõem uma única planta! Cada folha chega a aguentar 40kg distribuídos! Também dá pra ver as diferentes cores de flores, os frutos etc. Além de tartarugas e jacarés que aparecem pra mergulhar e tomar um sol!

A segunda parada é no aquário onde você pode ver vários peixes da região, como pirarucu, tambaqui, bagres da região etc. Lembrando que o pirarucu chega a 3m e é feito de escamas tão fortes que nem a piranha chega perto dele na natureza!

A terceira parada é nas cobras. Lá você aprende que tudo que te ensinaram sobre como reconhecer uma cobra venenosa só vale pra cobras da América do Norte! O certo mesmo é olhar os dentinhos ou na dúvida sair de perto (lentamente, sem correr). Por exemplo essa gracinha aqui tinha cabeça triangular e não era venenosa:

Depois tem a exposição Peixe e Gente, que aborda a relação entre isso mesmo, peixe e gente. Não bati foto de quase nada porque fiquei o tempo todo vendo os vídeos, lendo os cartazes e olhando os objetos em exposição. Amamos em especial a parte sobre as armadilhas e lendas da região. Essa exposição é tão rica que compramos o livro no final! 

Em seguida tem uma parada na maior árvore da região, uma angelim-pedra. Esse pé tem cerca de 500 anos e essa espécie pode chegar a 60m de altura. 

Depois voltamos para a segunda parte da exposição Peixe e Gente, onde tem mais conteúdo sobre as lendas e armadilhas. É fascinante. Aqui pudemos ver um vídeo sobre como eles fazem a usam essas armadilhas em rios. Essa que fotografei tem um funil na entrada; o peixe entra arrastado pela correnteza e não consegue voltar. Também tinha versões com iscas em que o peixe entrava para comer e ficava preso.

Feito isso, chegamos à torre de observação de 42m de altura. Lá no alto tem bancos, pode subir sem medo! Sinceramente, achei tranquia a subida e a descida também. São 3 níveis de plataforma, você não precisa subir nas 3 se não conseguir. Na torre também são feitos tours especiais, por exemplo para ver pássaros, mas precisaria de câmera e binóculo especial para participar. 

Na volta para a saída você passa por mais algumas exposições como o borboletário, fungário, bromeliário e exposições sobre a mandioca brava (manila), cultivo da terra etc. Isso tudo também vale muito a pena! 
O passeio guiado leva em torno de 1h30 e é totalmente em mata fechada. Eu odeio essa coisa de mata e mesmo assim não senti medo em momento algum porque é feito em grupo, com guia e tem placas e um caminho pra você seguir. Não tem nenhum trecho perigoso ou difícil. Fui com um sapato caro e chic e ele voltou todo ralado, recomendo que vá de tênis mesmo. 

Reserve pelo menos 2-3h para o Musa em seu roteiro e lembre de agendar o tour guiado. A visita sem guia custa 30 reais; a visita com guia custa 50 reais e precisa agendar pelo agendamento@museudaamazonia.org. Também oferecem meia entrada.

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