Publicidade

Nadando no Rio Negro em Manaus


15/nov/2019 | Anielle Casagrande | #

Muita gente até já nadou em um rio, mas nem todas nadaram especificamente no Rio Negro. Até porque ele fica na Amazônia! Nascendo na Colômbia, ele acaba em Manaus, onde junta-se ao Solimões e assim surge o rio Amazonas. 

Como diz o nome, trata-se de um rio negro. Na verdade, o mais extenso rio de águas negras do mundo todo. Mas você consegue imaginar o TAMANHO desse rio negro? Em alguns trechos você realmente esquece que é um rio e pensa que está no mar. Explico! O Rio Negro forma praias (algumas com cadeiras e guarda-sol), tem alto mar, tem passeio de barco, tem direito a barzinho, mergulho, tudo isso. Mais que isso, até navios (gigantes, com carros dentro) e “posto de gasolina” flutuante você enxerga por aqui.

Na verdade toda logística no Amazonas funciona através de rios, seja logística de pessoas, seja de produtos e serviços. Poucos dos mais de 60 municípios do estado são acessíveis de carro.

Encontro dos rios

Eu não estava com vontade de fazer esse passeio, apesar de muito famoso, mas acabei embarcando nessa porque fazia parte do tour para nadar com o boto cor de rosa. E acreditem, eu fiquei totalmente emocionada quando vi ao vivo o encontro dos rios. É maravilhoso demais. Os dois correm lado a lado sem se misturar devido as diferentes acidezes e velocidades de suas águas. O rio negro, uma verdadeira coca cola. O rio Solimões, um café com leite. Os dois ali, lado a lado. É incrível!

Rio negro em “alto mar”

Também tivemos a oportunidade de desbravar o rio de barco para o outro lado, saindo da Ponta Negra. Ali estão os cenários mais impressionantes pra quem vem de outra região do país. Ao longo do rio estendem-se casas, lojas, praias, bares, açougues, salões de beleza etc. 

São muito famosos por aqui os bares flutuantes, chamados apenas de flutuantes. Nós visitamos o Abaré, onde tem essas cabaninhas de teto de palha pra deitar, além de mesas e cadeiras (onde tinha gente de terno e gravata, o que me impressionou). Lá tem comidas e bebidas e claro, espaguetes e escadinha pra descer pro rio! Como devem imaginar, o acesso aos flutuantes é apenas de barco mesmo, o que é incrível! Veja abaixo como é a aproximação ao bar flutuante:

Impressiona que a água é tão escura que quando afundamos os espaguetes, eles não aparecem na foto. Na verdade nem você mesmo consegue vê-los diante dos olhos. E isso foi o que mais assustou: meu marido tentou achar o fundo do rio e não conseguiu, e diante da escuridão total das águas (e a quantidade de placas e gente falando pra não jogar comida na água que atrai piranhas), ficou lá apenas o tempo suficiente para batermos meia dúzia de fotos e voltou correndo pro bar!

Também preciso fazer um pequeno elogio sobre as águas do rio. Passei a entender a garçonete paraense com quem fizemos amizade em Curitiba que dizia que banho de rio é muito melhor que de mar. Os olhos não ardem, não tem sal pra todo lado e a água é quentinha!

Outra coisa bacana que você deve fazer saindo de barco de Ponta Negra é dar um pulo no museu do seringal para entender melhor a riqueza (e a exploração) que deixaram Manaus rica no ciclo da borracha. Riqueza esta que pode ser vista no teatro Amazonas!

#

Publicidade
^