O que mais amei em Portugal
23/maio/2016 | | #Portugal
Já passou um ano, mas ainda estou aqui com o pensamento fixo em Portugal, último país que visitei. Não poderia ser diferente, já que eu só trouxe boas lembranças de lá apesar daquele monte de casinhas abandonadas, que davam uma dorzinha no coração. Visitei só Lisboa e Porto, mas já foi suficiente para indicar a visita para todo mundo. A impressão que tenho é que eu poderia tranquilamente passar um mês ou dois de férias lá sem me entediar. Era tudo tão aconchegante e receptivo…
Para explicar melhor o que senti em Portugal, montei esta breve lista. Espero conseguir transmitir alguma sensação para vocês. Preciso avisar que a lista não está em ordem alguma, simplesmente fui listando o que mais me marcou em Lisboa e Porto sem ordem de preferência! Confira.
As pessoas
Me senti extremamente bem todas as vezes em que precisei pedir informações, fazer compras e ate quando peguei o ônibus errado (já contei no primeiro post). As pessoas foram tão amorosas que até estranhei, juro.
A música
Esta é a lembrancinha portuguesa que mais estou amando: eu trouxe uma lista com as músicas que ouvi na viagem e fico ouvindo sem parar. É incrível como o fado é sensível, lindo, e ao mesmo tempo tão parecido com a música brasileira. Mas ele tem um toque mais “formal”, obviamente devido português de Portugal! Estou viciada em Fado, pode isto?
Agora imaginem que passei meu aniversário ouvindo o Fado ao vivo! Emocionante, os pelinhos do braço chegam a arrepiar quando lembro, sem exageros.
As confeitarias
Um elemento bem fácil de achar no Brasil são elas, as confeitarias. Aqui em Curitiba inclusive há algumas tradicionais portuguesas. Mas preciso admitir que as algumas confeitarias de Portugal são tão charmosas e antiguinhas que ainda não vi nada igual por aqui. Sem falar que lá é um verdadeiro deleite observar aquelas vitrines cheias de doces lindos! Claro que existem as redes mais modernas e descoladas como a Nata (adoro!), mas as que mais amei foram mesmo as antigas como a Confeitaria Nacional em Lisboa (Praça da Figueira 18).
Destaque especial para a casa oficial do tradicional Pastel de Belém, que fica em Lisboa (Rua de Belém nº 84 a 92, 1300)! Confiram o site deles, que é uma gracinha e conta a história da empresa e do docinho.
Os rios
Os rios dão um toque lindo para a cidade. Mesmo que você esteja no centro de Porto ou Lisboa, tem ares de uma cidade praiana, porque fica cheio de gaivotas (fazendo aquele cricricri). Meus passeios favoritos foram à beira dos rios, seja a pé, de trêm, ônibus ou barco. Claro que com o barco foi mais especial ainda, porque passamos abaixo das pontes e tivemos uma vista especial das cidades, com seus morros cheios de casinhas coloridas e roupas penduradas. Puxa, fiquei sem fôlego. É lindo DEMAIS! Não a toa, as minhas fotos favoritas da viagem foram feitas nos rios.
O Castelo de São Jorge e a Torre de Lisboa
Estes pontos turísticos são lindos demais. Algumas de minhas fotos favoritas foram feitas neles, e guardei ótimas lembranças destas visitas. O Castelo pode ser visto de muito muito longe, sendo praticamente onipresente. Mesmo do Bairro Alto, onde ficamos hospedadas, dava para ver o Castelo sobre o morro, imponente. Visitá-lo foi mágico, ainda mais porque fomos até lá de bondinho e era pôr-do-sol.
A Torre fica no meio do rio, tendo acesso apenas por uma ponte. Suas janelinhas cheias de gaivotas (cricricri) e aquela vista para o outro lado do rio, puxa, é fantástico. A vontade que dá é de sentar e passar a tarde toda lá, olhando pela janela. Sem falar que ela data de 1513, durante os descobrimentos portugueses.
Monumento aos Descobrimentos
Já falei dele no post anterior, porque foi o local que mexeu comigo de uma forma incrível. Estar lá é muito mais simplesmente estar frente a uma estátua gigante na beira do rio Tejo em Lisboa. É lembrar a coragem dos portugueses e todas suas conquistas. Obviamente estou ignorando aqui toda a parte histórica ruim, porque o monumento homenageia todos que foram ao mar ou apoiaram a iniciativa, por mais polêmica e fatal que tenha sido para os viajantes e para os povo descobertos. A história não pode ser mudada, mas nada impede que eu sinta uma enorme emoção frente a uma representação gigante de pessoas sendo empurradas ao mar rumo ao desconhecido, certo? Ainda mais quando eu moro, com muito amor, em um destes locais que antes eram um mistério para o resto do mundo! smile
Os hoteis
Sempre que viajamos é minha mãe que escolhe e reserva os hotéis. Ela faz todo um processo minucioso lendo reviews, vendo fotos e entrando em contato por e-mail. Escolhemos hotéis em regiões mais badaladas, diferente do que fizemos na Grécia, onde preferimos ficar sempre perto do mar. Em Porto ficamos no O Século, que é bem na Rua Santa Catarina, uma rua super agitada e cheia de restaurantes, barzinhos, shopping e muitas lojas. Seguindo reto estávamos facilmente no centro (e no rio!) e subindo a rua havia uma estação do metrô. O hotel também era bonitinho e limpo.
Em Lisboa ficamos num hotel muito muito muito maluco e legal no Bairro Alto (agito, fado, restaurantes!). Imagine um imóvel muito antigo, mas todo reformado e moderno. Ao entrar, descíamos uma escada e éramos recebidas em um enorme saguão onde havia de tudo: mesas, cadeiras, livros, uma cama, a recepção e a cozinha. Nas mesas, havia louças e talheres totalmente aleatórios, jamais formando conjunto e deixando o ambiente super divertido e colorido. A cozinha era incrível e estava aberta 24h. O café da manhã era excelente, com frutas, croissant assado na hora e tudo mais. Este foi um dos melhores hotéis que já fiquei na vida, mas pasmem! Na verdade era um hostel. O nome era Casa das Janelas com Vista. Recomendo para todos. O único problema é se você quiser andar a pé (como nós!), porque fica numa subidona. Mas a vista é tão linda, e tão perto do Chiado e de pontos de metrô, que vale a pena.